segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O São martinho e as birras

Ontem foi dia de São Martinho (o Santo do Inverno que traz o Verão), e como não podia deixar de ser fomos para um arraial festivo da época (visto estar bom tempo). O Gui andou a tarde toda de escorrega e a brincar com os outros, já a Mariana esteve como quer (de colo em colo), a agitação foi tanta que só adormeceram depois da meia noite (que canseira).
Mas vamos voltar uns dias atrás para relatar alguns factos ocorridos. O Gui anda com umas crises de ciúmes da irmã, que se o contrariamos desata num berreiro, faz cada birra. Tenho tentado por todos os meios fazer com que ele não sinta que damos mais atenção à irmã (levo-o a passear sozinho ou com ela, brinco mais com ele, desenvolvo actividades só para nós os dois), mas mesmo isso não o faz melhorar. Desde sábado mudei de estratégia, sempre que fizer uma birra retiro-lhe um brinquedo (aquele que ele mais gosta de momento), e só o devolvo se passar um dia inteiro sem birras.
A Mariana já quase gatinha, já se coloca em posição mas como escorrega no chão de casa por norma caiem-lhe as pernas. Agora já se empoleira no sofá para se tentar colocar de pé.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Várias coisas para recordar.

Aqui estou eu novamente para relatar o que de mais relevante tem acontecido com as minhas crias. Vou começar pelo Gui, porque pelo facto de ser mais velho interage mais comigo.
O Gui está cada dia que passa com uma personalidade mais vincada, agora remete-se ao silêncio sempre que a conversa não lhe agrada, (facto que me deixa fulo, fico com a sensação que estou a falar para as paredes. Mas que posso eu fazer). Outra das actividades preferidas dele é o colocar o leitor de cd em altos berros e arranjar a bateria do noddy de forma a acompanhar a musica (não se pense que ele toca bem), o barulho é ensurdecedor, mas vá lá já o convenci a só tocar no quarto e a horas decentes.
Decidi durante a semana passada fazer-mos juntos uma actividade artística juntos - a construção de um boneco. Com uma embalagem de Pringles, papel para fazer a cabeça, uns bocados de madeira para os braços e nariz, papel para o chapéu, serapilheira para o cabelo e claro tintas e cola. A alegria dele foi de encher o coração, coisa que me deixou muito feliz. Devagar (porque demora tempo - pintar e secar), lá fomos construindo o boneco (que ele nomeou de "Cozinheiro" - talvez devido ao chapéu), ontem finalmente ficou pronto e hoje obrigou-me a levá-lo para a escola. Os outros miúdos deliraram com o boneco (isto prova que não são os brinquedos mais caros que eles gostam) e claro o Gui ficou radiante.
A Kukas (Mariana) diverte-se cada vez mais comigo, mas a preferência dela vai para o irmão como é natural, ri-se "à parva" por qualquer coisa que o irmão faça. Já se consegue sentar sozinha, e adora passear.
Quando estamos os 3 sozinhos em casa, é a loucura total, colocamos musica e dançamos, brincamos ao "Cavalinho Maluco" (brincadeira que consiste em eu estar deitado na cama e eles sentados em cima de mim, ai eu começo aos pinotes até eles caírem (deliram)), tomamos banho e brincamos na banheira (escusado será dizer que fica tudo molhado), por norma este tempo passa a voar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Outros projectos

Tenho-me desleixado com este meu espaço, mas ultimamente a minha vida profissional tem-me absorvido praticamente todo o tempo. A falta de tempo leva-me também a estar pouco tempo com as crias, logo os pequenos episódios passados são mais escassos.
A minha relação com o Guilherme está cada vez mais forte (talvez devido à escassez de tempo juntos), sempre que estamos os 2 sinto uma cumplicidade crescente. Quando o levo à escola passamos por um policia sinaleiro (dos poucos existentes ainda em Lisboa), personagem que o meu filho adora (talvez por causa do apito, ou do bigode farfalhudo que ele tem), à uns dias a esta parte começou por lhe dizer adeus e agora sempre que passamos por lá o policia sinaleiro cumprimenta-o, é o momento mais feliz da manhã do meu filho.
Numa dessas manhãs (estando eu com pressa) estacionei o carro a uma certa distancia da escola dele, desafiei-o a fazermos uma corrida até à escola, resposta dele para mim, - O pai porta-te bem (o meu filho a por-me na linha, onde já se viu).
A Mariana está mesmo patusca, já quase gatinha, continua com mau feitio para dormir mas simpática como sempre. Nasceram-lhe os primeiros dentes (dois inferiores à frente), adora música (sai ao irmão), se a querem ver feliz é o irmão colocar os cd's dele a tocar no "radio" e ela começa logo a palrar e a tentar bater palmas, só visto é uma imagem super engraçada.
PS - o Guilherme está na fase de muitos ciúmes da mana (toda a gente lhe pergunta pela mana, quando ela está deixa de ser o centro das atenções e ele recente-se disso)

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O meu afastamento

Já a algum tempo que não venho aqui rasurar umas linhas de texto, não que não haja motivo para isso mas o imenso volume de trabalho a que tenho estado sujeito tem-me impedido de conseguir fazer tudo o que quero.
mas falando agora de coisas mais simpáticas (as minhas crias claro), a Mariana já se senta sozinha, embora tenha de lhe colocar almofadas à volta para evitar acidentes (pois ela é muito patareca e por vezes esquece-se que se cair se magoa), já bate palminhas (embora de uma maneira muito estranha), já fala (imite sons dadada, hummm, papapa, etc), cada dia que passa estou cada vez mais agarrado à ideia de que irá ser a menina do papá.
O Guilherme, esse está feito um verdadeiro terrorista, tenho de me impor vezes sem conta, chego a ficar esgotado de ter de lhe estar sempre a chamar a atenção (não me estou a queixar, pois continua amoroso e bem comportado, alem de que acho que é saudável fazer disparates).
Voltamos à nossa vidinha, afinal até gostou de ir para a escola (também tem lá muitos amigos (o André (filho de uma amiga minha que costuma vir aqui dar uma olhadela), a Mariana Chaves, a Madalena, entre outros). Para facilitar a entrada dele na escola sempre que posso vou buscá-lo mais cedo e levo-o a um dos sítios preferidos dele.
Ontem consegui ir buscá-lo mais cedo e levei-o ao Oceanário, delirou, tanto que ficou parvinho de todo (coisas de gajo com 3 anos).

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O fim das férias

Acabaram as férias do garoto (2 meses e meio penso que chega), finalmente tenho-os em casa onde posso estar com eles todos os dias.
A Mariana está cada vez mais esperta, noto nela uma independência que nunca vi no Gui (espero que não seja o inicio de uma fonte de problemas), por outro lado tem uma maneira de cativar as pessoas que faz com que dificilmente alguém não tenha vontade de lhe pegar (coisa que todos os bebés adoram).
O Gui mal veio de férias fomos jantar fora para comemorar os anos de uma amiga minha, foi o centro das atenções, estava nas sete quintas. No dia seguinte ele fazia anos, fomos os dois comprar o bolo de aniversário que ele escolheu, de tarde fizemos uma festinha cá em casa para ele. Andou o dia todo excitado, ainda para mais veio a grande amiga dele Mati, que ele já não via á imenso tempo. Foi um fartote, eram 21 horas já estava na cama.
Esta semana vai para a escola, coisa que me parece não ser muito do agrado dele neste momento (falta de hábito), mas que vai ter de ir.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A ausência

Os meus filhos ainda se encontram de férias na terra (eu estou a trabalhar desde o dia 15), o facto de eu lá ir todos os fins de semana não chega para matar saudades, bem pelo contrário só serve para perceber o quanto sinto a falta deles. Em virtude deste meu afastamento das crias, este meu espaço encontra-se um pouco parado, mas a partir da semana que vem as coisas vão mudar.
Em relação ao Gui, a irmã pegou-lhe a varicela (coitado até chegou a ficar inchado), isso faz com que ele também não possa usufruir do resto das férias da mesma maneira. Finalmente ele arranjou um amigo homem da idade dele (o Tomás), eu já começava a ficar preocupado pelo facto de todos os amigos dele serem meninas e ainda por cima mais velhas (não que isso me incomode), e mais preocupado fiquei quando reparei que uma das referidas amigas lhe mexia na pilinha (curiosidade própria da idade), como é natural eu não gostei muito da situação
(daqui a uns anos vai pedir de joelhos para ela lhe fazer o mesmo, mas ai será um problema dele).
A Mariana está cada vez mais esperta, já interage com as pessoas, tem expressões fantásticas, quando ouve a minha voz ao telefone fica toda contente (e eu todo babado), cada dia que passa cresce a olhos vistos.
PS- A varicela a ela já lhe passou.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

As férias

Estas férias, fui invadido pela vontade de ser um pai super baril, para isso tenho de fazer algumas concessões na educação (aquela que eu penso ser a melhor e que o irá ajudar a crescer de uma forma feliz (no fundo é isso que interessa)), como seja o de deixar ele partilhar germes (beijos na boca, partilha de xupas, etc) com outras crianças. Claro que também tive de ceder a algum bem estar, por exemplo, estar horas dentro de água (convém não esquecer que é um rio e a agua gelada), porque para ele nunca à frio, deixar de partilhar uma mini com os amigos, porque depois não poderia ir ao banho, etc. Todos estes sacrifícios trazem os seus proveitos, senão vejamos:
A Mariana - nunca me senti tão próximo dela como neste momento, começamos a partilhar coisas só nossas, são os longos passeios, as brincadeiras do gugu dada, tem sido fantástico.
A pequena apanhou a varicela, tão pequenina e com tantas borbulhas.
O Guilherme - Temos estado sempre juntos, vamos quer é piscina quer à ribeira todos os dias, no 1º dia mal punha os pés dentro de água, no segundo já andava a dar pulinhos dentro de água mas sempre agarrado à minha mão, no terceiro já se aventura a andar sozinho (embora com braçadeiras é claro), no quarto dia já anda fora de pé mas sempre perto de mim. Além disso tenho notado uma evolução na personalidade dele (sempre bem disposto, brincalhão, prestável, casmurro entre outras qualidades).
Outra nossa actividade conjunta é o irmos à fonte quer buscar quer beber água, destaco esta porque por norma no referido passeio, é quando conversamos mais por estamos só os dois.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

As saudades...e outras coisas

Como o titulo indica, estou cheio de saudades do Gui. Este é para mim um sentimento novo, pois sempre fui um rapazinho desprendido (sempre toda a minha família se queixou disso), e agora dá-me para estas lamechices.
Ele encontra-se de férias à já quase 2 semanas, tempo esse que me parece uma eternidade.
A Mariana começou a rodar, pela primeira vez deixei-a deitada na minha cama de barriga para cima enquanto fui preparar o pequeno almoço, quando regressei tinha dado a volta e encontrava-se de barriga para baixo, estando toda contente (se calhar pensou que tinha conseguído um grande feito - He he). Agora faz isso a toda a hora.
Ela tem a particularidade de sorrir para toda a gente (tem o feitio do pai), a miúda é mesmo simpática (não digo isto por ser minha filha), mas quando eu brinco com ela sorri de um modo envergonhado escondendo a cara para eu não a ver rir (desta forma enganar-me-à durante toda a vida).
A Mariana não gosta de comer sopa, por isso sempre que come sopa faz uma fita (fecha a boca, barafusta, cospe a sopa), mas para comer a fruta até abre a boca e arregala os olhos, adora aquilo.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Chegaram as férias

Todos os anos por esta altura chegam as tão almejadas férias. As minhas só em Agosto mas o Guilherme foi para férias no fim-de-semana passado.
Ele é um dos sortudos que tem a possibilidade de ter "terra" (local onde se tem raízes, e que permite descansar). O Guilherme adora aquilo, primeiro porque tem uma liberdade que em Lisboa seria impossível, depois porque está com os avós que lhe aparam as manhas, depois porque vai para a piscina todos os dias e por fim mas muito mais importante tem dezenas de miúdos para brincar.
Na sexta-feira quando o fui lá levar 2 das amigas dele (a Sara 8 anos e a Daniela 6 Anos) já não o largaram. Ao fim do dia já disputavam quem era a namorada dele (coisas de criança, quando crescer não há-de ter essa sorte -He he), ora dizia uma és meu namorado ou dela, ora dizia a outra dá-me um beijo (na boca claro, que isso para a minha idade é que faz confusão).
No sábado lá fui com ele e com elas para a piscina o que ele se divertiu (embora tenha no inicio medo da agua), à tarde enquanto eles estavam na piscina deitei a Mariana numa toalha em cima da relva e fiquei ali com ela a brincar umas duas horas, acho que nunca me senti tão próximo da minha filha, ela muito divertida não parava de rir e de dar gritinhos.
No Domingo tive de me vir embora, não sem antes levá-los (ao Gui e aos amigos) a brincar num insuflável. Todos os dias falo com ele ao telefone mas só isso não chega para suprimir a falta que sinto deles.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Pequenas conquistas da Mariana

Nestes relatos que escrevo, relato maioritariamente situações passadas com o Gui, não é que não passe muito tempo com a Mariana, mas como ela ainda é pequenina (faz hoje 5 meses) pouco ou nada evolui, essa evolução irá acontecer a partir de agora. Neste momento ela começou a comer com colher (até aqui chupava), está na fase de comer papas, fruta, sopa (em que se vai introduzindo legumes) de forma a ir-se adaptando à nossa alimentação.
Ontem pela primeira vez foi à praia, não consegui perceber se ela gostou da praia ou simplesmente de estar ao ar livre (porque a reacção dela é a mesma de andar na rua). Já o Gui adora a praia, (local onde o levo sempre que posso, alem de gostar também, enche-me a alma ver a felicidade dele) ele corre a fugir das ondas, corre atrás das ondas, brinca na areia, joga à bola, sei lá faz um milhão de actividades (só fica um pouquinho triste na hora de vir embora, mas eu animo-o dizendo que vimos noutro dia).
A Mariana gosta cada vez mais de estar comigo, mal ouve a minha voz fica logo à minha procura com a cabecinha a andar de um lado para o outro (como se eu fosse pequeno), mal me encontra deita logo um daqueles sorrisos de desarmar qualquer um. Hoje de manhã estava eu em casa com eles dois e enquanto eu me arranjava olhei para eles e o Gui estava com um livro da rua sésamo a "lê-lo" à irmã, tal e qual como eu lhe faço a ele, foi um quadro digno de uma memória da vida.
A "maluca da filhas", termo empregue pelo Gui, deu agora em gritar, porque como ouve a sua voz deve achar piada à coisa, mas logo vem o irmão dizer-lhe cala-te, estás a gritar "poquê", que é o que eu lhe digo quando grita.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Um fim de semana no Alentejo

No fim de semana passado, fui com as crias para casa de um amigo meu de infância que vive no Alentejo. O Gui chegou-me da escola na sexta feira com um dos joelhos cheio de feridas (daquelas queimaduras que deixam crosta, e que se a crosta cair faz ferida e deita muito sangue), imaginei logo ele no monte do Carlitos (o meu amigo de infância) a correr atrás dos gatos, cães, galinhas, patos e outros animais que por lá passeiam a cair e as crostas a saltar, mas não haveria de ser nada. Sendo assim lá fomos ao chegarmos lá a Ana (mulher do meu amigo), o Marco (filho da Ana e do Carlitos) e a Isilda (mãe da Ana) estavam á nossa espera com o grelhador acesso à espera das sardinhas que o Carlitos haveria de trazer. Enfim lá chegou e lá nos deliciámos com esse manjar (sardinhas que o Gui adora e eu detesto). Durante a tarde enchi o tanque para o Gui e o Marco irem tomar banho (claro que eu também aproveitei).
Nessa noite comemos um leitãozinho (comida que eu aprecio mais), na companhia de mais umas pessoas que entretanto foram aparecendo.
Essa noite foi uma noite santa, toda a gente dormiu sossegada (não sei se pelo cansaço, se pela ausência de barulho).
No dia seguinte começou com o Gui a ir-me acordar, e depois de lhe dar o leite foi brincar com os gatos e as pedras, enquanto eu me alimentava e arranjava. Com o apertar do calor ele o marco decidiram brincar com a mangueira (sempre a jorrar agua) até ficarem completamente encharcados. Chegou a hora de almoço e depois o Gui foi dormir uma sesta (a mim também me apetecia, mas fui passear um pouco para desmoer).
Assim foi o fim de semana no Alentejo.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O meu filho e os animais

No passado sábado fui pela primeira vez ao jardim zoológico com o Gui, fui adiando a ida, ora devido ao tempo, à idade, ao facto de ele dormir a sesta, etc. O facto é que o Gui delirou, como já referi em posts anteriores o meu filho tem um carinho por todo o tipo de animais (como pressentindo que o medo vem por norma das pessoas), ele deu comer ás girafas, as cabras a todo o tipo de animais onde pudesse chegar lá estava ele com a mãozinha em riste para alimentar as referidas criaturas (miúdos mais velhos tinham medo). Fomos ver o espectáculo dos golfinhos, embora ele tenha gostado mais dos leões marinhos e dos piratas (espectáculo em forma de teatro engraçado feito com os leões marinhos).Para grande supresa minha aquilo que ele mais adorou foi o teleférico, obrigando-me a dar mais do que uma volta com ele, e se eu não lhe disse-se que ia fechar não saiamos dali. Foi um dia extenuante (quer para ele quer para mim) mas á noite ainda fez questão de ir ao bailarico (onde vai ele buscar tanta energia).
PS - Ontem foi ao monte selvagem (outra aventura com animais).

terça-feira, 19 de junho de 2007

Uma ou outra recordação

Hoje eu e o Gui fomos á apresentação de um livro (O aniversário da bruxinha Kikas) infantil, de um amigo meu. A dita acção decorreu na casa do Gil (Fundação de carácter social que visa ajudar crianças desfavorecidas com problemas de saúde). É nestas alturas que percebemos o quanto supérfluo são as mesquinhices da vida. Existe lá uma menina africana (deve ter sensivelmente a idade do Gui) com muitos problemas de saúde, mas com uma alegria enorme, ela veio ter comigo e eu peguei nela ao colo brinquei com ela, ela depois foi comer brincar com as outras crianças (o Gui incluído), e antes de ir embora veio ter comigo abraçou-me e beijou-me de uma forma tão ternamente que só vivido é que se consegue exprimir. A apresentação foi muito engraçada foi lida a história do livro em teatro e com fantoches, no jardim da casa do Gil.

De tarde (visto ele ter ficado comigo e não ter ido á escola) fomos ver o Shrek (Shaleca, no dialecto dele), não o filme mas os personagens que estavam no loures shopping.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

As pequenas coisas...em que vemos como crescem

Ontem pela primeira vez o Gui acordou de noite a chamar Pai, Pai quero fazer xixi, fui ter com ele, levei-o à casa de banho, tirei-lhe a fralda (sim ele de noite usa fralda (comodismo dos pais)) e lá ele fez a sua necessidade. Em seguida abraçou-me a pedir colo e antes de chegar á cama já estava a dormir. Fiquei a pensar, como eles crescem e veio-me uma certa pena por não os poder manter assim para sempre.

A Mariana está a começar a comer com colher (primeiro a papa e depois vem a sopa), mas ela insiste em chupar na colher em vez de mastigar e engolir, tem sido uma luta. Acho que com o Gui foi mais fácil, embora não me consiga recordar bem. Percebi agora que desde pequenas elas são bem piores do que eles. Ela chora até mais não quando pretende algo (ao ponto de ficar a soluçar), e não há nada que a desvie do seu objectivo, obstinada a pequena, mas linda e muito simpática, já o Gui era um bebé calmo, com bom feitio (herdou do pai) e que não dava chatices nenhumas, não que esta dê, mas precisa de mais atenção (lá está o lado feminino a funcionar novamente).

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O bailarico

Como escrevi no meu ultimo post, o Gui anda a ir para a praia quatro vezes por semana, logo anda estoirado, nada que o impeça de fazer outra das suas actividades preferidas - ir aos bailaricos dos santos populares.

Existe um local (chamado tabacos, o nome poderá sugerir algo a haver com nicotina mas não é assim, é um espaço grande ao ar livre pertencente a uma colectividade) no bairro onde eu nasci e cresci, que organiza bailaricos de santos populares desde que eu me lembro de existir. É a esse local que eu costumo ir festejar o santo António sempre que estou em Lisboa, e como as tradições devem passar de geração em geração e o meu filho desde que nasceu que também o faz. Ele adora aquilo (o facto de ter sempre lá amiguinhos da escola (Beatriz, André, Pedro, João, etc) também ajuda), mas este santo António (noite de 12 para 13 de Junho) depois de ele ter ido ás 8 da manhã para a praia, ter andado de tarde a brincar, ainda conseguiu ter forças para ir ao baile e andar a noite toda a correr (neste dia a amiguinha (Mati) dele também foi), fico impressionado com a energia dele. Por volta da meia-noite lá se acabaram as pilhas e veio para o meu (reparem que eu disse meu) colo dormir.

A Mariana é outra nem chora nem tem fome, nada, se estiver no baile (há pessoas que criticam o facto de levar crianças tão pequenas para estes eventos, eu ao contrário penso que é bom para eles, sentem outros cheiros, sons e com o Gui já o tinha feito e não me dei mal, acho que por vezes se protege demasiado os miúdos) para ela está tudo bem, consegue adormecer com o barulho do conjunto e das pessoas a falar.

Ontem tive cá em casa um jantar, comemorava o regresso de um grande amigo meu (o Richard), veio o Becas, logo para o Gui foi um desassossego, mas anda tão cansado que ás 21 horas foi dormir.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

O dia da criança e os outros dias

No dia da criança fico com o problema de saber o que fazer com os meus filhos (mais o Gui, visto a Mariana ser ainda muito pequena), pois eu sempre que posso faço dos nossos dias "dia da criança", e quando chega a 1 de Junho penso onde é que hei-de ir com ele? Assim sendo neste dia decidi inquiri-lo sobre o local onde ele quereria ir, após várias respostas (aos peixinhos (oceanário), aos mémés (quinta pedagógica)), saiu-se com uma que me deixou completamente desarmado – eu quero é passear contigo, pai – após isto se ele me tivesse pedido a lua eu arranjaria maneira de encontrar uma escada para lá chegar e dar-lha. São momentos destes que me fazem sentir que realmente vale a pena ser pai.

Começou a época balnear dos miúdos (aquela fase em que vamos de manhã para a praia e se vê os miúdos todos com um chapéu da mesma cor, tipo bando), logo todos os dias o Gui vai para a praia ou para o campo (visto 1 dia por semana fazerem uma visita a um parque/jardim). Anda estoirado, mas mesmo assim obriga-me todas as noites a ler-lhe uma história (deito-me na minha cama com ele de um lado e a Mariana do outro e ambos ficam absorvidos pelo narrar da história).

Ontem fomos a casa da Elsa (madrinha do Gui), ela tem um cão (zorba) que o Gui adora, sempre que lá vai é uma festa, quando chegou a casa estava de rastos nem quis jantar (também andou o dia todo a comer), foi dormir eram 20:00 sem reclamar nem nada.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Mais um fim de semana

A semana passada não consegui despender o tempo que queria para me incluir na vida dos meus filhos, embora tenha tido a oportunidade de estar com eles todos os dias várias horas (mas esta modernice de trabalhar em casa, tem as suas desvantagens). Na sexta feira ao fim do dia consegui abstrair-me do trabalho e fui com o Guilherme brincar para a rua com uma mota telecomandada que ele adora, mas que ainda não sabe manusear bem (coisa que me irrita pois não me deixa ensina-lo. Está cada dia que passa com uma personalidade mais marcada). Após uma semana sem verter um pingo nas cuecas do "noddy", esta semana decidiu 2 vezes no mesmo dia fazer xixi nas calças, coisa que a mãe recriminou vivamente (eu tentei, juro que tentei, mas a cara patusca dele de quem sabe que fez "um disparate" desarma-me completamente).

No sábado de manhã mais uma vez fui com ele brincar com a mota telecomandada, mas ai já arranjou umas amiguinhas para se entreter (eu prefiro que ele brinque com outras crianças do que com os brinquedos, acho mais saudável). De tarde após a sesta dele vieram cá uns amigos a casa jantar (os pais da Mati), o meu filho e a Mati, passaram a tarde e a noite (até à meia noite) a brincar, numa algazarra que só visto, até no jantar não conseguiram deixar de brincar.

Uma das razões (alem da de gostar deles e da companhia fantástica que são) para convidar estes meus amigos (Paulo e Ana) a virem cá jantar, foi o facto de os querer convidar para serem os padrinhos da Mariana, convite esse que eles aceitaram imediatamente (a Mariana adora a Ana, é a única pessoa que consegue deita-la no colo, porque embora ela goste de colo, gosta é de estar em pé).

No domingo o dia esteve muito cinzento, factor que me inibiu de os levar a passear, por isso fizemos um dia caseiro, embora da parte da manhã tenhamos ido a casa dos meus avós (bisavós das minhas crias) visitá-los, eles adoram os bisnetos (são os únicos) e de vez em quando não custa nada.

Todas as noites o Guilherme obriga-me a ler-lhe uma história na cama, (leio a História na minha cama com os dois deitados ao meu lado) situação essa que a Mariana já começa a gostar, pois fica com uma atenção ás minhas palavras e sons (sim porque eu tento fazer vozes diferentes para as várias personagens).

terça-feira, 22 de maio de 2007

Mais uma etapa

Para contentamento meu e da mãe o Guilherme deixou a fralda, etapa que eu assumi como penosa mas que até correu relativamente bem. Em menos de uma semana passou da utilização da fralda para o deixar de fazer xixi nas cuecas (pois cocó já não fazia á largos meses). Acho um piadão ouvi-lo pedir para fazer xixi e o ar de satisfação dele por ter feito xixi na sanita (pensa que já é um bebé grande).

Esta semana foi calminha entre ir passear com ele para o jardim nas traseiras do oceanário (local que ele adora, pois gosta de andar a subir e descer os montes de relva), ir á quinta pedagógica (local já falado num post anterior), fomos também ver o “XUGA”, que são os vulcões de água existentes no Parque das Nações (deu-lhe este nome devido ao barulho que faz ao expelir a água).

A minha “Princesa” continua a crescer embora tenha passado esta semana constipada e um dos dias com uma birra (nova faceta nela) insuportável.



PS – Em relação ás gargalhadas da pequena, já não são

exclusivas da mãe, antes pelo contrário, são bem mais frequentes com o Pai.



quinta-feira, 17 de maio de 2007

Tantas novidades

Passaram-se 3 semanas desde a minha última memória aqui escrita. Não que não tenha nada para escrever mas o facto de ter estado de férias uma semana e outra fora, fez com que o trabalho se tenha acumulado, como tal só agora tive tempo para escrevinhar algo.

Mas vamos começar pela 1ª semana de Maio, devido ao feriado a meio da semana aproveitei e fui de férias com as crias para a terra dos avós (coincidência, chama-se Avô). Uma vez lá, o Gui ficou nas sete quintas pois o facto de ter uma maior liberdade (sim não existem carros, conhece toda a gente,passa o dia na rua), aliado ao facto de estar em casa dos avós faz com que ele seja o “Rei” lá de casa (eu quero, posso e mando).

O Gui tem lá na terra duas irmãs (a Sara – 7 anos; a Rute – 13 anos) por quem nutre uma enorme amizade, passam os dias sempre a brincar,embora com a Sara de vez em quando haja um ou outro desentendimento (próprio da idade deles). Outra das perdições do meu filho é a banda de música lá da terra (desde pequeno que adora aquilo), á qual ele chama “tum tum” (talvez devido ao bombo, não faço ideia). Nessa banda toca a Rute alem de alguns primos dele, o Tio (Mário) é o “mestre” da banda, o que faz com que ele possa assistir aos ensaios, tocar os instrumentos bem como ter acesso á casa da música. Por estas e outras razões a terra para o meu filho é o paraíso na terra.

Pela primeira vez fui com o Gui ao teatro, fui ver uma revista á portuguesa que passou lá na terra (teatro gratuito, embora amador mas com alguma qualidade para o género da revista – a peça chamava-se “Á roupa na corda”), para o Gui tudo era novidade desde o projecto de luz, até ao desfile de personagens no palco, as cantorias próprias da revista, tudo isto fez com que fosse uma experiência fantástica para ele, consequentemente fantástica para mim também.

O desenvolvimento do Gui em duas semanas na terra (eu só lá estive uma), é superior ao desenvolvimento de um mês cá em Lisboa (já tinha reparado nisto noutras ocasiões), a destreza que evidência aliado ao “desenrascanso” que vai crescendo, faz com que uma semana afastado dele se note significativas mudanças.

Em relação á Mariana, o desenvolvimento nota-se mais em termos de tamanho (e largura, também com aquilo que come só pode crescer quer para cima como para os lados), mas pela primeira vez riu ás gargalhadas (ou como se diz lá na terra dobrou o riso – expressão que eu desconhecia), embora essa situação ainda só aconteça com a Mãe, mas isso vai mudar (he he).

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Os meus são fantásticos

Cada dia que passa sinto um orgulho enorme e uma satisfação por ter sido pai. O Gui é um exemplo de miúdo, sossegado qb, amoroso, meigo (se eu estiver deitado no sofá ele vem ter comigo e faz-me uma festa e depois vai continuar a brincar), simpático, educado, um exemplo. A Mariana é uma bebé que só chora quando tem fome, de resto está sempre bem disposta. Se falar com ela fica logo a rir e a emitir uns sons de felicidade, adora tomar banho, só espero que tenha o feitio do pai (coisa que se parece confirmar).

A aproximação entre os dois cresce de dia para dia, ainda ontem dei com ele a falar com ela e até parecia que ela estava a perceber. Se ela chora ele vai lá e faz-lhe uma festa ou dá-lhe a chucha e diz "mana não chores", e não é que resulta.

Ontem o Gui dormiu na avó, cada dia que passa é me mais difícil afastar dele, ainda ontem senti falta dos “disparates” que costuma fazer.

Antes da minha cria mais nova nascer, perguntava-me muitas vezes se seria possível gostar dela o mesmo que gosto do Gui (penso que é uma dúvida que assola todos os pais), hoje tenho a certeza que gosto muito dos dois, embora de maneira diferente, pois as experiências vividas com um e com o outro são diferentes, e é a soma dessas experiências que faz com que o nosso carinho, amor cresça.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Uma altura triste

A vida não é feita só de coisas boas, e esta foi uma coisa má. O meu Pai faleceu, e nunca pensei que esse facto perturbasse tanto a minha vida. A minha relação com o meu pai não era uma relação de compinchas, não sei se era boa se era má (pois nunca tive outro pai para poder comparar), mas uma coisa eu tinha a certeza, nesta vida complicada ele seria a pessoa que se por um motivo ou outro eu precisa-se eu poderia contar. Não fiquei triste com a sua morte (pois já estava a sofrer, alem de que teve uma vida feliz), fiquei triste pelos meus filhos não se irem lembrar do avô, pois são ainda muito pequenos para recordar. Na ultima vez que tive com ele, as poucas palavras que ainda conseguiu dizer, foi perguntar pelo neto (Gui).

Mas este blog não pretende ser um diário mas sim uma boa recordação dos meus filhos, por isso vou resumir o que se passou comigo e com eles esta semana.

A minha princesa (Mariana) começou a ver as mãos dela, a reagir à minha voz e a querer brincadeira, coisa que eu e o Gui estamos sempre dispostos a dar-lhe. Já o Gui (parece que sente que ando abatido) tem-se portado com um low profile de modo a não me chatear. Ontem perguntou-me - Pai estás triste? - ao que lhe disse que não, pois ainda é cedo para lhe explicar certas coisas.

domingo, 15 de abril de 2007

À coisas maravilhosas

Esta semana correu relativamente bem. As birras que o Gui vinha ameaçando fazer foram inexistentes ou pelo menos superficiais de modo a não ficarem registadas.
Em termos profissionais tive uma semana relativamente calma o que permitiu ter tempo livre para a minha tarefa preferida (estar com as minhas crias).
Como habitualmente levei o Gui á escola toda a semana, mas como tinha mais tempo ainda me diverti com os coleguinhas dele nas nossas brincadeiras matinais (a Mila qualquer dia proibi-me de entrar na sala deles, pois a destabilização cada dia é maior). Na quarta-feira como tive disponibilidade fui buscar o Gui mais cedo, e assim sendo levei-o á quinta pedagógica (adora lá ir, alem disso é um excelente local para educar as crianças em relação aos animais e ao ambiente), passamos um final de tarde excelente (aliás como acontece sempre que o levo lá). Nessa noite foi uma galhofa total, entre a brincadeira do “bicho Mau”, até ao andar de “cavalinho”, “fazer sustos ao Pai”, só adormeceu já passava da meia noite
Na quinta-feira jogou o meu Benfica, e fui ver ao estádio (uma desgraça, eliminados pelo Espanhol de Barcelona), assim sendo não tive oportunidade de estar com as crias.
Na sexta-feira fui também buscar o Gui cedo á escola, perguntei-lhe onde queria ir (para variar “Quinta Pedagógica”), lá fomos, mas desta vez levamos a “Mana”. Giro o meu filho a explicar como é que se dava “papa aos mémés” á irmã, a dizer que se podia fazer festas nos cavalos e nos mémés mas nos patos não porque mordiam (ensinamentos do pai), para mim foi uma tarde super cansativa. Ao chegar a casa dei ao Gui um puzzle para fazer e coloquei a Mariana no sofá deitada enquanto arrumava as coisas que trazia. Cada vez que passava por ela reparei que emitia uns sons, comecei a reparar que cada vez que me via começava a rir e a fazer “rrrrrrreee” ou “haaahah” e em seguida soluços. Ao dar-lhe banho reparo que fica toda contente (não sei se se passa o mesmo com a mãe, mas tenho as minhas dúvidas). Como não podia deixar de ser fiquei maravilhado, tanto ou tão pouco que passei o resto da sexta-feira (eu e o Gui) a meter-me com a pequena.
Chegou o fim-de-semana (iiiuuuppyyy), no sábado acordámos tarde e fomos passear ao parque das nações, encontrámos o pai da Mati (amiga do Gui), que nos convidou para irmos lá a casa, pois a Mati estava com saudades do Gui. Com isto atrasamo-nos, e almoçamos já eram 15 horas, depois o Gui foi fazer uma sesta e o sábado passou num instante.
No domingo, acordámos e eu decidi levar o Gui á praia (coisa que faço habitualmente, sempre que é possível conciliar o estado do tempo com a disponibilidade), desta vez já lá havia muita gente, mas nada que não permitisse que fizéssemos as nossas loucuras (rebolar na areia, fugir das ondas, atirar areia um ao outro, etc). De tarde fomos passear ao parque das nações, para permitir que o Gui, faça novas amizades e possa rebolar na relva (como é habito nele). Acabamos a tarde a comer um “ganda gelado” na loja da Olá (serviço muito mau, gelados muito bons).

terça-feira, 10 de abril de 2007

Finalmente uma noite bem dormida

2 meses após nascer, finalmente a Mariana teve uma noite inteira a dormir, embora constipada e com tosse (coisas do irmão), dormiu que nem uma pedra. Como é que uma coisa tão pequena já sabe tanto. Se a deitarmos no berço dela começa a refilar (não é chorar, mas refilar, com um ar de zangado), se a deitarmos na nossa cama fica com aquele ar de anjo adormecido que dá vontade de a deixar ali. Como é que ela terá aprendido a fazer esta chantagem psicológica. Hoje pela primeira vez virou a cabeça quando chamei o nome dela (nota para mais tarde recordar), sinto que gosta mais de mim do que da mãe (se calhar todos os pais sentem isto), mas esta dá mesmo a sensação disso ( não digo á minha mulher para ela não ficar triste, mas que é verdade é), ela pode dizer que é igual a ela (também não tenho dúvidas disso), que os olhos, o nariz, o cabelo, etc... é igual a ela, mas a realidade é que ela quando ouve a minha voz até os olhos sorriem.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

A Páscoa

A Páscoa é uma época festiva que me diz pouco, embora seja católico nunca foi muito festejada em minha casa, as recordações que tenho da Páscoa resumem-se a mini férias com amigos.
Quando se é pequenino as coisas mudam um pouco (recordamo-nos da nossa infância), existem as amêndoas os ovos de chocolate, os coelhos e toda uma panóplia de objectos feitos de chocolate, que não sendo muito saudável pelo menos alegra-nos a alma. Este ano pela primeira vez (desde a minha infância), festejei a Páscoa com a minha família em Lisboa (sitio estranho para estar na Páscoa, pois mais se assemelha a uma qualquer cidade espanhola, tantos são os nuestros hermanos que nos visitam nesta época), e reparei que afinal quando se é pequeno todas as épocas têm as suas particularidades. A alegria do meu filho nesta Páscoa foi algo que me cativou e fez com que eu também usufrui-se da época. Como tal decidi ter uns dias só para eles (as Crias) e fazer montes de coisas que lhes tinha prometido (principalmente ao Gui). Assim sendo logo na sexta-feira fui almoçar fora e depois andar de comboio (coisa que o meu filho me andava a pedir, e pelo qual tem um fascínio). Lá fui eu para o Cais de Sodré, com o gaiato pela mão a fim de fazer uma viagem de comboio. Primeira constatação, já não sei andar de comboio, parecia um tacanho na estação (lembro-me do meu tempo de teeager, em que existiam uns monitores com os vários comboios e com os horários, em que para entrar na estação se passava pela bilheteira), comprar o bilhete, saber qual o comboio a apanhar, uma aventura, mas lá fomos, o Gui ficou fascinado com a viagem de comboio, não se calou o fim de semana todo. Fomos depois passear ao jardim e assim se passou o dia de sexta. No sábado veio cá a casa o padrinho dele, com mais ovos de chocolate com brindes no interior (já não sei se ele prefere os brindes ou o chocolate), trouxe-lhe um puzzle (um dos brinquedos preferidos do meu filho), mais uma hora de entretêm (para mim e para ele) com isto passou-se o sábado. No domingo foi a vez da madrinha dele lhe trazer as amêndoas, foi mais um dia bem passado (ela é super divertida) pelo meio tive em casa da família para a tradição pascal. Assim se passou a Páscoa.
PS – tenho ovos de chocolate para comer até para o ano.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

O primeiro dia no meu trabalho

Hoje pela primeira vez o meu filho foi para o trabalho comigo. O facto da escolinha dele estar fechada, aliado ao facto de ser quinta-feira santa e ser um dia menos caótico do que o normal, levou a que ele me acompanha-se. Fui para uma empresa cuja grande maioria é mulheres (em 15 funcionários 3 são homens), como devem compreender o Guilherme foi o centro das atenções, e como amoroso que é ficou sossegado a manhã toda (deve ser uma tarefa muito difícil para uma criança).
Após isso fomos almoçar a um restaurante de uns amigos meus (recomendo-o vivamente – O Papagaio na Amora), e mais uma vez a cria portou-se lindamente. Vou dizer isto senti-me extremamente orgulhoso, quando todas as pessoas que foram comigo (mais esses meus amigos) tem filhos, dizerem que se fosse os deles aquilo era uma algazarra. Fiquei super contente com ele (encheu novamente o pote dos créditos que esvazia sempre que faz um disparate ou uma birra). Em seguida trouxe-o para casa pois estava de rastos já passava das 16. Dormiu que nem uma pedra. A noite foi passada na galhofa como costume.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Uma semana inteira

Por incrível que pareça uma semana é uma enormidade de tempo na vida de um bebé, ao fim de 52 semanas já deverá começar a andar (1º sinal de afastamento), dizer as primeiras palavras, etc. Foi este o tempo que se passou desde a ultima vez que escrevi, não por falta de assunto mas sim devido ao cansaço do trabalho e do tempo despendido com as crias.
Mas comecemos pelo fim-de-semana, foi quando me apercebi que a minha voz tinha um efeito tranquilizante na minha filha (facto que já se passava com o meu filho), pois estando ela a chorar de eu falar com ela cala-se. Outro pormenor que notei foi ao falar ao telemóvel tenho por hábito andar de um lado para o outro (como a maioria dos homens que conheço, facto que irrita as mulheres, talvez por não estarmos no mesmo local elas não consigam ouvir a conversa, não sei), e dei por ela a seguir-me com o olhar para um lado e depois para o outro. A minha outra cria continua feliz e contente como sempre, embora com mais birras (facto que atribuo-o aos ciúmes da irmã), mas mesmo essas sempre nas melhores horas (o sacaninha até nisso é simpático). Tem agora a mania de quando a irmã está a fechar o olho ir lá e gritar “ACORDA PARA A VIDA”, para a manter acordada. Noto cada dia que passa uma maior proximidade dele para com ela e ela mesmo depois de levar uns empurrões dele, a chucha pela goela abaixo, ser sufocado por beijos, quando ouve a voz dele ri. Foi por isso um fim-de-semana em família.
Esta semana (semana que antecede a Páscoa) está a ser em cheio, todos os dias o Guilherme recebeu ou ovos de chocolate ou coelhos em cartolina, tudo e mais alguma coisa alusiva á quadra. Na terça-feira quando o fui levar á escolinha, em conversa com ele tentei explicar-lhe uma situação que poderia criar alguma confusão sobre o facto de na Páscoa existirem ovos e coelhos, e comecei a dizer os coelhos não põem ovos e os ovos não tem nada a ver com coelhos, isto é para te confundir, ele olhou para mim com aquele ar de quem pensa “agora é que foi – passou-se”, mas eu continuei na minha missão e tentei perante os amigos dele da escola explicar o mesmo ainda consegui alguns crentes para a minha causa, já o Gui não achou muita piada.
Hoje pude ir buscá-lo mais cedo, e sempre que isso acontece aproveito e levo-o a um dos locais preferidos dele (o de hoje foi a quinta pedagógica), lá andou, correu, caiu, levantou-se, fez festas nos animais, voltou a cai e a levantar-se o que quis. Adoro levá-lo lá só para ver a cara de felicidade dele que se estende por mais umas horas, sempre que falo nos mémés , cavalos, etc.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Nada de especial...

Estes dias por incrível que pareça, têm sido de uma calma aparente. Na segunda (1º dia da semana, (difícil de passar, mau humor ao acordar) o acordar novamente para ir trabalhar), o mais difícil foi sair de casa, o Gui decidiu vomitar o leite todo depois de estar arranjado para sair, foi preciso despi-lo, dar-lhe um duche e voltar a vesti-lo, por conseguinte chegamos atrasados á escola, á noite em casa deitamo-nos todos cedo.
Na terça-feira já a manhã correu melhor, fui no caminho a cantar uma música da escola do Gui (“bom dia, bom dia a toda a gente, por ter vindo á escola estou todo contente”), cantada todas as manhãs pela Mila (lembram-se a Educadora dele). Ao chegar á escola o Gui levava uma caixa de bolachas do Noddy (boneco que eu já não consigo ver, alem de ter um ar amaricado (ainda não sei que influência terá nos miúdos), repete as coisas 3 vezes) para dar lá na escola aos colegas. Assim que chegamos lá e ele tirou as bolachas a pequenada ficou logo a delirar e desatou a fazer as gracinhas para eu lhes dar bolachas (por incrível que pareça em casa o Gui não come as bolachas, na escola até faz o pino se lhe pedir por uma bolacha (????)). Ao fim da tarde havia reunião de escola do Gui (a qual eu já me tinha esquecido), nestas reuniões que deveriam durar 15 minutos e demoram pelo menos 1 hora (esta demorou 1:30 hora), devia-se discutir mais os problemas das crianças e menos os dos adultos (não tenho tempo, não pude, não sei, etc). Finalizada a dita reunião viemos para casa, como já era tarde, jantámos e cama.
Na quarta-feira acordei cedinho (adoro quando isso acontece), tive tempo para fazer tudo nas calmas, sair de casa e chegar com tempo á escola do Gui, onde pude confraternizar com a garotada, fazendo de bicho mau (brincadeira que eles adoram e que consiste em abanar o dedo para cima e para baixo), cantar com eles (ás vezes acho que os outros pais pensão que eu tenho um problema qualquer) e fundamentalmente integrar o meu filho em vez de o despejar. Ao fim do dia fui busca-lo e como era dia de jogo da selecção (que treta empatamos com a Servia), uns amigos meus foram lá a casa, o Becas (meu primo e que o Gui tem uma adoração por ele) e o Luis (um amigo meu de infância). Com pessoas lá em casa o Gui não para quieto, e como é muito afável e dado (dá mesmo vontade de brincar com ele), toda a gente brinca com ele. Ficou exausto, caiu na cama e desmaiou.

domingo, 25 de março de 2007

Este fim-de-semana

Este fim-de-semana foi estupidamente preenchido, no Sábado fui a um almoço convívio de uma colectividade que fazia anos, como tal os meus filhos foram comigo, (é neste tipo de confraternização que os nossos amigos mais distantes conhecem as nossas crias). A coisa não começou por correr bem, o Gui decidiu fazer uma birra para comer a sopa, mas depois de muita paciência e histórias sem nexo, lá o consegui convencer que se não comesse a sopa nunca mais chegava ao céu. A partir dai foi muito mais divertido. Enquanto eu me deliciava com o saboroso porco no espeto e o acompanhava com umas bejecas, as minhas crias estavam nas sete quintas delas, o Gui brincava com os filhos dos meus amigos, a minha princesa dormia como um anjo no quentinho do sol e ao som ensurdecedor de uma multidão de pessoas a comer e a beber (a gritar também). Este almoço prolongado deu cabo quer de um quer do outro.
No domingo depois de uma noite bem dormida (a deles), acordaram cheios de energia e prontos para mais um dia extenuante. A manhã foi passada em casa (o facto de ter ocorrido a mudança de hora descoordenou todos os horários). Já a tarde foi passada em casa de uns amigos meus que tem uma filha (a Mati) que é a perdição do meu filho (quando me dizem que a química de se gostar de uma pessoa ou detestá-la não existe, olho para este exemplo de 2 crianças que desde que se conheceram ainda não andavam e já gostavam um do outro). Entre correrias, gritos o rebolarem no chão (eu incluído), a tarde passou num instante (fico sempre com a sensação que quando estamos ao pé de pessoas que gostamos o tempo passa mais depressa), no regresso a casa recebi um telefonema de uns amigos nossos do Alentejo que por acaso estavam cá e queriam ver a pequena Mariana (coisa que ainda não tinham tido oportunidade). Já que foram lá a casa convidei-os para jantar (mais uma vez o tempo fugiu), o Gui entreteve-se com o Marco (um exemplo do que um filho deve ser), filho desses amigos meus, enquanto nós comemos um belo repasto regado com um tinto de 2001. Quando saíram fui deitar o Gui, comecei a contar-lhe uma história, a qual não cheguei a finalizar, pois adormeceu primeiro. Depois fui dar banho à Mariana (foi o primeiro banho que lhe dei sozinho).

quinta-feira, 22 de março de 2007

Uma primeira vez

Ontem pela primeira vez existiu dialogo entre os meus filhos. Estava a mãe na cozinha a fazer torradas e eu no wc a fazer a barba. Tínhamos deixado a pequenita Mariana na nossa cama deitada com o Gui a ver os "bonecos" na tv, quando de repente ouço o meu filho a perguntar - "O que é que tás a dizer?" - e oiço outra voz (da minha filha) - "grraaa, gugu, dada" - ao que ele responde, - "não percebes nada disto" - ficando este belo dialogo por aqui.
Mais uma vez levei o Gui à escola, quando lá cheguei como tem sido hábito, a pequenada mal me viu fez logo uma festa, e dei por mim a distribuir bolachas do noddy por todos eles (nota para a memória, como os colegas do meu filho me chamam Paulo, o meu filho também me chama, embora já anteriormente eu tivesse atribuído as culpas à mãe por essa parvoíce, tenho de a compensar com uma prenda).
Esta noite vai dormir a casa dos meus sogros, eles pediram com muita insistência e a verdade seja dita uma noite de descanso de vez em quando sabe bem.

terça-feira, 20 de março de 2007

Um dia depois...

Hoje para pena minha tive um dia de cão (não daqueles cães que lhes fazem tudo, mas dos outros tipo rafeiro), como tal pouco tempo tive para me dedicar à minha principal tarefa, a de ser Pai.

De manhã mais uma vez levei o Gui à escola, no percurso de carro enquanto ouvia os Da Weasel dei com ele a cantar o novo tema (Dialectos de Ternura) fiquei estupefacto, olhei para ele, ele deu-me um sorriso e continuou a cantar, iú iú yé yé faz faz bébé.

Ao chegar á escola a educadora dele (Mila) fazia anos, bem como uma amiguinha da escola (Mariana Chaves), deixei-o todo contente porque ia cantar os parabéns.

À noite (depois do dia de cão), decidiu mais uma vez ajudar a dar banho á mana, – á qual chama princesa (influências do pai), ele é o princeso (influências dele mesmo) – disparate atrás de disparate, lá consegui molhar a casa de banho toda para a mãe limpar e ficar fula, enquanto olhava para mim como se eu fosse seu cumplice.

segunda-feira, 19 de março de 2007

O inicio

Decidi criar este blog com o intuito de escrever alguns dos momentos que passo com os meus filhos, para mais tarde os poder recordar (sim a memória já não é o que era). Dei conta que passado pouco tempo do nascimento do meu filho mais velho (tem 2 anos e meio e chama-se Gui) já não me conseguia recordar de coisas que passei com ele, isso foi uma das coisas que me levou a ter outro filho (tem 1 mês e chama-se Mariana). Já não me lembrava das noites mal dormidas (ainda hoje tenho dúvidas que isso seja verdade, embora a minha mulher me diga que ele era igual a ela.(a minha mulher, outra personagem desta história)), de quando começa a ter força no pescoço, o primeiro sorriso, o reagir à voz do pai, todas essas coisas que eu gostaria de recordar e que já não sei quando aconteceu com o Gui. Sendo assim criei este blog neste dia 19 de Março (por ser dia do Pai), e para mostrar ás mães deste pais que nós pais também nos preocupamos e gostamos deles tanto ou mais do que elas.
Hoje fui levar o Gui á escola, era dia do pai e a educadora pediu aos pais para levarem as crianças neste dia, para assim passarem algum tempo com eles. Qual não foi o meu espanto quando lá cheguei metade dos pais que lá estavam eram mães, e pensei para comigo: mas este não é o dia do pai, se os pais não podem ir (não percebo como, estava marcado á mais de 1 mês) as mães não deviam participar, e isto não é uma atitude machista mas sim de quem quer dar uma educação (ou pretensa educação) com diferentes pontos de vista. Por exemplo devia-se jogar futebol, explicar as regras aos miúdos, ensinar como segurar numa garrafa, falar de gajas(os), ter conversas de homem, ou seja dar uma outra perspectiva de vida aos nossos filhos.