quinta-feira, 29 de março de 2007

Nada de especial...

Estes dias por incrível que pareça, têm sido de uma calma aparente. Na segunda (1º dia da semana, (difícil de passar, mau humor ao acordar) o acordar novamente para ir trabalhar), o mais difícil foi sair de casa, o Gui decidiu vomitar o leite todo depois de estar arranjado para sair, foi preciso despi-lo, dar-lhe um duche e voltar a vesti-lo, por conseguinte chegamos atrasados á escola, á noite em casa deitamo-nos todos cedo.
Na terça-feira já a manhã correu melhor, fui no caminho a cantar uma música da escola do Gui (“bom dia, bom dia a toda a gente, por ter vindo á escola estou todo contente”), cantada todas as manhãs pela Mila (lembram-se a Educadora dele). Ao chegar á escola o Gui levava uma caixa de bolachas do Noddy (boneco que eu já não consigo ver, alem de ter um ar amaricado (ainda não sei que influência terá nos miúdos), repete as coisas 3 vezes) para dar lá na escola aos colegas. Assim que chegamos lá e ele tirou as bolachas a pequenada ficou logo a delirar e desatou a fazer as gracinhas para eu lhes dar bolachas (por incrível que pareça em casa o Gui não come as bolachas, na escola até faz o pino se lhe pedir por uma bolacha (????)). Ao fim da tarde havia reunião de escola do Gui (a qual eu já me tinha esquecido), nestas reuniões que deveriam durar 15 minutos e demoram pelo menos 1 hora (esta demorou 1:30 hora), devia-se discutir mais os problemas das crianças e menos os dos adultos (não tenho tempo, não pude, não sei, etc). Finalizada a dita reunião viemos para casa, como já era tarde, jantámos e cama.
Na quarta-feira acordei cedinho (adoro quando isso acontece), tive tempo para fazer tudo nas calmas, sair de casa e chegar com tempo á escola do Gui, onde pude confraternizar com a garotada, fazendo de bicho mau (brincadeira que eles adoram e que consiste em abanar o dedo para cima e para baixo), cantar com eles (ás vezes acho que os outros pais pensão que eu tenho um problema qualquer) e fundamentalmente integrar o meu filho em vez de o despejar. Ao fim do dia fui busca-lo e como era dia de jogo da selecção (que treta empatamos com a Servia), uns amigos meus foram lá a casa, o Becas (meu primo e que o Gui tem uma adoração por ele) e o Luis (um amigo meu de infância). Com pessoas lá em casa o Gui não para quieto, e como é muito afável e dado (dá mesmo vontade de brincar com ele), toda a gente brinca com ele. Ficou exausto, caiu na cama e desmaiou.

domingo, 25 de março de 2007

Este fim-de-semana

Este fim-de-semana foi estupidamente preenchido, no Sábado fui a um almoço convívio de uma colectividade que fazia anos, como tal os meus filhos foram comigo, (é neste tipo de confraternização que os nossos amigos mais distantes conhecem as nossas crias). A coisa não começou por correr bem, o Gui decidiu fazer uma birra para comer a sopa, mas depois de muita paciência e histórias sem nexo, lá o consegui convencer que se não comesse a sopa nunca mais chegava ao céu. A partir dai foi muito mais divertido. Enquanto eu me deliciava com o saboroso porco no espeto e o acompanhava com umas bejecas, as minhas crias estavam nas sete quintas delas, o Gui brincava com os filhos dos meus amigos, a minha princesa dormia como um anjo no quentinho do sol e ao som ensurdecedor de uma multidão de pessoas a comer e a beber (a gritar também). Este almoço prolongado deu cabo quer de um quer do outro.
No domingo depois de uma noite bem dormida (a deles), acordaram cheios de energia e prontos para mais um dia extenuante. A manhã foi passada em casa (o facto de ter ocorrido a mudança de hora descoordenou todos os horários). Já a tarde foi passada em casa de uns amigos meus que tem uma filha (a Mati) que é a perdição do meu filho (quando me dizem que a química de se gostar de uma pessoa ou detestá-la não existe, olho para este exemplo de 2 crianças que desde que se conheceram ainda não andavam e já gostavam um do outro). Entre correrias, gritos o rebolarem no chão (eu incluído), a tarde passou num instante (fico sempre com a sensação que quando estamos ao pé de pessoas que gostamos o tempo passa mais depressa), no regresso a casa recebi um telefonema de uns amigos nossos do Alentejo que por acaso estavam cá e queriam ver a pequena Mariana (coisa que ainda não tinham tido oportunidade). Já que foram lá a casa convidei-os para jantar (mais uma vez o tempo fugiu), o Gui entreteve-se com o Marco (um exemplo do que um filho deve ser), filho desses amigos meus, enquanto nós comemos um belo repasto regado com um tinto de 2001. Quando saíram fui deitar o Gui, comecei a contar-lhe uma história, a qual não cheguei a finalizar, pois adormeceu primeiro. Depois fui dar banho à Mariana (foi o primeiro banho que lhe dei sozinho).

quinta-feira, 22 de março de 2007

Uma primeira vez

Ontem pela primeira vez existiu dialogo entre os meus filhos. Estava a mãe na cozinha a fazer torradas e eu no wc a fazer a barba. Tínhamos deixado a pequenita Mariana na nossa cama deitada com o Gui a ver os "bonecos" na tv, quando de repente ouço o meu filho a perguntar - "O que é que tás a dizer?" - e oiço outra voz (da minha filha) - "grraaa, gugu, dada" - ao que ele responde, - "não percebes nada disto" - ficando este belo dialogo por aqui.
Mais uma vez levei o Gui à escola, quando lá cheguei como tem sido hábito, a pequenada mal me viu fez logo uma festa, e dei por mim a distribuir bolachas do noddy por todos eles (nota para a memória, como os colegas do meu filho me chamam Paulo, o meu filho também me chama, embora já anteriormente eu tivesse atribuído as culpas à mãe por essa parvoíce, tenho de a compensar com uma prenda).
Esta noite vai dormir a casa dos meus sogros, eles pediram com muita insistência e a verdade seja dita uma noite de descanso de vez em quando sabe bem.

terça-feira, 20 de março de 2007

Um dia depois...

Hoje para pena minha tive um dia de cão (não daqueles cães que lhes fazem tudo, mas dos outros tipo rafeiro), como tal pouco tempo tive para me dedicar à minha principal tarefa, a de ser Pai.

De manhã mais uma vez levei o Gui à escola, no percurso de carro enquanto ouvia os Da Weasel dei com ele a cantar o novo tema (Dialectos de Ternura) fiquei estupefacto, olhei para ele, ele deu-me um sorriso e continuou a cantar, iú iú yé yé faz faz bébé.

Ao chegar á escola a educadora dele (Mila) fazia anos, bem como uma amiguinha da escola (Mariana Chaves), deixei-o todo contente porque ia cantar os parabéns.

À noite (depois do dia de cão), decidiu mais uma vez ajudar a dar banho á mana, – á qual chama princesa (influências do pai), ele é o princeso (influências dele mesmo) – disparate atrás de disparate, lá consegui molhar a casa de banho toda para a mãe limpar e ficar fula, enquanto olhava para mim como se eu fosse seu cumplice.

segunda-feira, 19 de março de 2007

O inicio

Decidi criar este blog com o intuito de escrever alguns dos momentos que passo com os meus filhos, para mais tarde os poder recordar (sim a memória já não é o que era). Dei conta que passado pouco tempo do nascimento do meu filho mais velho (tem 2 anos e meio e chama-se Gui) já não me conseguia recordar de coisas que passei com ele, isso foi uma das coisas que me levou a ter outro filho (tem 1 mês e chama-se Mariana). Já não me lembrava das noites mal dormidas (ainda hoje tenho dúvidas que isso seja verdade, embora a minha mulher me diga que ele era igual a ela.(a minha mulher, outra personagem desta história)), de quando começa a ter força no pescoço, o primeiro sorriso, o reagir à voz do pai, todas essas coisas que eu gostaria de recordar e que já não sei quando aconteceu com o Gui. Sendo assim criei este blog neste dia 19 de Março (por ser dia do Pai), e para mostrar ás mães deste pais que nós pais também nos preocupamos e gostamos deles tanto ou mais do que elas.
Hoje fui levar o Gui á escola, era dia do pai e a educadora pediu aos pais para levarem as crianças neste dia, para assim passarem algum tempo com eles. Qual não foi o meu espanto quando lá cheguei metade dos pais que lá estavam eram mães, e pensei para comigo: mas este não é o dia do pai, se os pais não podem ir (não percebo como, estava marcado á mais de 1 mês) as mães não deviam participar, e isto não é uma atitude machista mas sim de quem quer dar uma educação (ou pretensa educação) com diferentes pontos de vista. Por exemplo devia-se jogar futebol, explicar as regras aos miúdos, ensinar como segurar numa garrafa, falar de gajas(os), ter conversas de homem, ou seja dar uma outra perspectiva de vida aos nossos filhos.