sexta-feira, 27 de abril de 2007

Os meus são fantásticos

Cada dia que passa sinto um orgulho enorme e uma satisfação por ter sido pai. O Gui é um exemplo de miúdo, sossegado qb, amoroso, meigo (se eu estiver deitado no sofá ele vem ter comigo e faz-me uma festa e depois vai continuar a brincar), simpático, educado, um exemplo. A Mariana é uma bebé que só chora quando tem fome, de resto está sempre bem disposta. Se falar com ela fica logo a rir e a emitir uns sons de felicidade, adora tomar banho, só espero que tenha o feitio do pai (coisa que se parece confirmar).

A aproximação entre os dois cresce de dia para dia, ainda ontem dei com ele a falar com ela e até parecia que ela estava a perceber. Se ela chora ele vai lá e faz-lhe uma festa ou dá-lhe a chucha e diz "mana não chores", e não é que resulta.

Ontem o Gui dormiu na avó, cada dia que passa é me mais difícil afastar dele, ainda ontem senti falta dos “disparates” que costuma fazer.

Antes da minha cria mais nova nascer, perguntava-me muitas vezes se seria possível gostar dela o mesmo que gosto do Gui (penso que é uma dúvida que assola todos os pais), hoje tenho a certeza que gosto muito dos dois, embora de maneira diferente, pois as experiências vividas com um e com o outro são diferentes, e é a soma dessas experiências que faz com que o nosso carinho, amor cresça.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Uma altura triste

A vida não é feita só de coisas boas, e esta foi uma coisa má. O meu Pai faleceu, e nunca pensei que esse facto perturbasse tanto a minha vida. A minha relação com o meu pai não era uma relação de compinchas, não sei se era boa se era má (pois nunca tive outro pai para poder comparar), mas uma coisa eu tinha a certeza, nesta vida complicada ele seria a pessoa que se por um motivo ou outro eu precisa-se eu poderia contar. Não fiquei triste com a sua morte (pois já estava a sofrer, alem de que teve uma vida feliz), fiquei triste pelos meus filhos não se irem lembrar do avô, pois são ainda muito pequenos para recordar. Na ultima vez que tive com ele, as poucas palavras que ainda conseguiu dizer, foi perguntar pelo neto (Gui).

Mas este blog não pretende ser um diário mas sim uma boa recordação dos meus filhos, por isso vou resumir o que se passou comigo e com eles esta semana.

A minha princesa (Mariana) começou a ver as mãos dela, a reagir à minha voz e a querer brincadeira, coisa que eu e o Gui estamos sempre dispostos a dar-lhe. Já o Gui (parece que sente que ando abatido) tem-se portado com um low profile de modo a não me chatear. Ontem perguntou-me - Pai estás triste? - ao que lhe disse que não, pois ainda é cedo para lhe explicar certas coisas.

domingo, 15 de abril de 2007

À coisas maravilhosas

Esta semana correu relativamente bem. As birras que o Gui vinha ameaçando fazer foram inexistentes ou pelo menos superficiais de modo a não ficarem registadas.
Em termos profissionais tive uma semana relativamente calma o que permitiu ter tempo livre para a minha tarefa preferida (estar com as minhas crias).
Como habitualmente levei o Gui á escola toda a semana, mas como tinha mais tempo ainda me diverti com os coleguinhas dele nas nossas brincadeiras matinais (a Mila qualquer dia proibi-me de entrar na sala deles, pois a destabilização cada dia é maior). Na quarta-feira como tive disponibilidade fui buscar o Gui mais cedo, e assim sendo levei-o á quinta pedagógica (adora lá ir, alem disso é um excelente local para educar as crianças em relação aos animais e ao ambiente), passamos um final de tarde excelente (aliás como acontece sempre que o levo lá). Nessa noite foi uma galhofa total, entre a brincadeira do “bicho Mau”, até ao andar de “cavalinho”, “fazer sustos ao Pai”, só adormeceu já passava da meia noite
Na quinta-feira jogou o meu Benfica, e fui ver ao estádio (uma desgraça, eliminados pelo Espanhol de Barcelona), assim sendo não tive oportunidade de estar com as crias.
Na sexta-feira fui também buscar o Gui cedo á escola, perguntei-lhe onde queria ir (para variar “Quinta Pedagógica”), lá fomos, mas desta vez levamos a “Mana”. Giro o meu filho a explicar como é que se dava “papa aos mémés” á irmã, a dizer que se podia fazer festas nos cavalos e nos mémés mas nos patos não porque mordiam (ensinamentos do pai), para mim foi uma tarde super cansativa. Ao chegar a casa dei ao Gui um puzzle para fazer e coloquei a Mariana no sofá deitada enquanto arrumava as coisas que trazia. Cada vez que passava por ela reparei que emitia uns sons, comecei a reparar que cada vez que me via começava a rir e a fazer “rrrrrrreee” ou “haaahah” e em seguida soluços. Ao dar-lhe banho reparo que fica toda contente (não sei se se passa o mesmo com a mãe, mas tenho as minhas dúvidas). Como não podia deixar de ser fiquei maravilhado, tanto ou tão pouco que passei o resto da sexta-feira (eu e o Gui) a meter-me com a pequena.
Chegou o fim-de-semana (iiiuuuppyyy), no sábado acordámos tarde e fomos passear ao parque das nações, encontrámos o pai da Mati (amiga do Gui), que nos convidou para irmos lá a casa, pois a Mati estava com saudades do Gui. Com isto atrasamo-nos, e almoçamos já eram 15 horas, depois o Gui foi fazer uma sesta e o sábado passou num instante.
No domingo, acordámos e eu decidi levar o Gui á praia (coisa que faço habitualmente, sempre que é possível conciliar o estado do tempo com a disponibilidade), desta vez já lá havia muita gente, mas nada que não permitisse que fizéssemos as nossas loucuras (rebolar na areia, fugir das ondas, atirar areia um ao outro, etc). De tarde fomos passear ao parque das nações, para permitir que o Gui, faça novas amizades e possa rebolar na relva (como é habito nele). Acabamos a tarde a comer um “ganda gelado” na loja da Olá (serviço muito mau, gelados muito bons).

terça-feira, 10 de abril de 2007

Finalmente uma noite bem dormida

2 meses após nascer, finalmente a Mariana teve uma noite inteira a dormir, embora constipada e com tosse (coisas do irmão), dormiu que nem uma pedra. Como é que uma coisa tão pequena já sabe tanto. Se a deitarmos no berço dela começa a refilar (não é chorar, mas refilar, com um ar de zangado), se a deitarmos na nossa cama fica com aquele ar de anjo adormecido que dá vontade de a deixar ali. Como é que ela terá aprendido a fazer esta chantagem psicológica. Hoje pela primeira vez virou a cabeça quando chamei o nome dela (nota para mais tarde recordar), sinto que gosta mais de mim do que da mãe (se calhar todos os pais sentem isto), mas esta dá mesmo a sensação disso ( não digo á minha mulher para ela não ficar triste, mas que é verdade é), ela pode dizer que é igual a ela (também não tenho dúvidas disso), que os olhos, o nariz, o cabelo, etc... é igual a ela, mas a realidade é que ela quando ouve a minha voz até os olhos sorriem.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

A Páscoa

A Páscoa é uma época festiva que me diz pouco, embora seja católico nunca foi muito festejada em minha casa, as recordações que tenho da Páscoa resumem-se a mini férias com amigos.
Quando se é pequenino as coisas mudam um pouco (recordamo-nos da nossa infância), existem as amêndoas os ovos de chocolate, os coelhos e toda uma panóplia de objectos feitos de chocolate, que não sendo muito saudável pelo menos alegra-nos a alma. Este ano pela primeira vez (desde a minha infância), festejei a Páscoa com a minha família em Lisboa (sitio estranho para estar na Páscoa, pois mais se assemelha a uma qualquer cidade espanhola, tantos são os nuestros hermanos que nos visitam nesta época), e reparei que afinal quando se é pequeno todas as épocas têm as suas particularidades. A alegria do meu filho nesta Páscoa foi algo que me cativou e fez com que eu também usufrui-se da época. Como tal decidi ter uns dias só para eles (as Crias) e fazer montes de coisas que lhes tinha prometido (principalmente ao Gui). Assim sendo logo na sexta-feira fui almoçar fora e depois andar de comboio (coisa que o meu filho me andava a pedir, e pelo qual tem um fascínio). Lá fui eu para o Cais de Sodré, com o gaiato pela mão a fim de fazer uma viagem de comboio. Primeira constatação, já não sei andar de comboio, parecia um tacanho na estação (lembro-me do meu tempo de teeager, em que existiam uns monitores com os vários comboios e com os horários, em que para entrar na estação se passava pela bilheteira), comprar o bilhete, saber qual o comboio a apanhar, uma aventura, mas lá fomos, o Gui ficou fascinado com a viagem de comboio, não se calou o fim de semana todo. Fomos depois passear ao jardim e assim se passou o dia de sexta. No sábado veio cá a casa o padrinho dele, com mais ovos de chocolate com brindes no interior (já não sei se ele prefere os brindes ou o chocolate), trouxe-lhe um puzzle (um dos brinquedos preferidos do meu filho), mais uma hora de entretêm (para mim e para ele) com isto passou-se o sábado. No domingo foi a vez da madrinha dele lhe trazer as amêndoas, foi mais um dia bem passado (ela é super divertida) pelo meio tive em casa da família para a tradição pascal. Assim se passou a Páscoa.
PS – tenho ovos de chocolate para comer até para o ano.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

O primeiro dia no meu trabalho

Hoje pela primeira vez o meu filho foi para o trabalho comigo. O facto da escolinha dele estar fechada, aliado ao facto de ser quinta-feira santa e ser um dia menos caótico do que o normal, levou a que ele me acompanha-se. Fui para uma empresa cuja grande maioria é mulheres (em 15 funcionários 3 são homens), como devem compreender o Guilherme foi o centro das atenções, e como amoroso que é ficou sossegado a manhã toda (deve ser uma tarefa muito difícil para uma criança).
Após isso fomos almoçar a um restaurante de uns amigos meus (recomendo-o vivamente – O Papagaio na Amora), e mais uma vez a cria portou-se lindamente. Vou dizer isto senti-me extremamente orgulhoso, quando todas as pessoas que foram comigo (mais esses meus amigos) tem filhos, dizerem que se fosse os deles aquilo era uma algazarra. Fiquei super contente com ele (encheu novamente o pote dos créditos que esvazia sempre que faz um disparate ou uma birra). Em seguida trouxe-o para casa pois estava de rastos já passava das 16. Dormiu que nem uma pedra. A noite foi passada na galhofa como costume.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Uma semana inteira

Por incrível que pareça uma semana é uma enormidade de tempo na vida de um bebé, ao fim de 52 semanas já deverá começar a andar (1º sinal de afastamento), dizer as primeiras palavras, etc. Foi este o tempo que se passou desde a ultima vez que escrevi, não por falta de assunto mas sim devido ao cansaço do trabalho e do tempo despendido com as crias.
Mas comecemos pelo fim-de-semana, foi quando me apercebi que a minha voz tinha um efeito tranquilizante na minha filha (facto que já se passava com o meu filho), pois estando ela a chorar de eu falar com ela cala-se. Outro pormenor que notei foi ao falar ao telemóvel tenho por hábito andar de um lado para o outro (como a maioria dos homens que conheço, facto que irrita as mulheres, talvez por não estarmos no mesmo local elas não consigam ouvir a conversa, não sei), e dei por ela a seguir-me com o olhar para um lado e depois para o outro. A minha outra cria continua feliz e contente como sempre, embora com mais birras (facto que atribuo-o aos ciúmes da irmã), mas mesmo essas sempre nas melhores horas (o sacaninha até nisso é simpático). Tem agora a mania de quando a irmã está a fechar o olho ir lá e gritar “ACORDA PARA A VIDA”, para a manter acordada. Noto cada dia que passa uma maior proximidade dele para com ela e ela mesmo depois de levar uns empurrões dele, a chucha pela goela abaixo, ser sufocado por beijos, quando ouve a voz dele ri. Foi por isso um fim-de-semana em família.
Esta semana (semana que antecede a Páscoa) está a ser em cheio, todos os dias o Guilherme recebeu ou ovos de chocolate ou coelhos em cartolina, tudo e mais alguma coisa alusiva á quadra. Na terça-feira quando o fui levar á escolinha, em conversa com ele tentei explicar-lhe uma situação que poderia criar alguma confusão sobre o facto de na Páscoa existirem ovos e coelhos, e comecei a dizer os coelhos não põem ovos e os ovos não tem nada a ver com coelhos, isto é para te confundir, ele olhou para mim com aquele ar de quem pensa “agora é que foi – passou-se”, mas eu continuei na minha missão e tentei perante os amigos dele da escola explicar o mesmo ainda consegui alguns crentes para a minha causa, já o Gui não achou muita piada.
Hoje pude ir buscá-lo mais cedo, e sempre que isso acontece aproveito e levo-o a um dos locais preferidos dele (o de hoje foi a quinta pedagógica), lá andou, correu, caiu, levantou-se, fez festas nos animais, voltou a cai e a levantar-se o que quis. Adoro levá-lo lá só para ver a cara de felicidade dele que se estende por mais umas horas, sempre que falo nos mémés , cavalos, etc.